O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Carlos Alberto Alves da Rocha, se posicionou na quinta-feira (19) no sentido de possibilitar uma análise prévia das propagandas eleitorais de rádio e televisão. Conforme o desembargador, a medida não seria um tipo de censura prévia e serviria para evitar “baixarias”.

Leia também 
Magistrada remarca pela segunda vez júri contra acusada de planejar e pagar pela morte do marido
 
“Não seria uma censura prévia. Eu acho que deveria passar antes, essas falas, o horário eleitoral gratuito, deveria ter uma visão prévia para poder levar ao ar. Porque depois que leva ao ar, essas baixarias que a gente, muitas vezes atacando família, atacando um lado, denegrindo pessoas e não candidato. E isso nós não podemos”, salientou o presidente do TRE.
 
Carlos Alberto destacou ainda que apesar do nome, o horário eleitoral é pago pela população e deve conter propostas. “Nós temos que ter o quê? É um horário gratuito eleitoral, que não é gratuito, nós sabemos, é pago sim. Não pelo partido político. Ali deve ser levado teses, projetos, propostas, é isso que tem sido discutido. Nós estamos cansados de baixaria e isso nós não vamos tolerar”.
 
Por fim, o desembargador refletiu ainda sobre as dificuldades do pleito de 2022. “É uma eleição diferenciada, realmente e nós não podemos facilitar. Tivemos uma reunião de todos os TREs, com o ministro Alexandre de Moraes e com toda a sua equipe. A conclusão é que nós não podemos facilitar. Qualquer medida que não seja drástica, não seja enérgica, ela pode descambar para o outro lado. E é isso que nós não queremos”.