O desembargador Orlando Perri considera que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) se equivocou em aprovar, durante gestão de Carlos Alberto Alves da Rocha, a abertura de nove vagas de magistrados na Segunda Instância. Apesar da aprovação, em 2020, a atual presidente, Maria Helena Póvoas, não deu início ao processo de escolha de novos membros. A prioridade de Póvoas é a primeira instância.

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“Eu comungo do entendimento da nossa presidente. A prioridade tem que ser primeiro a Justiça de Primeiro Grau. Suprindo inteiramente a Justiça de Primeiro Grau, vamos pensar no Segundo  Grau. A nossa grande deficiência continua sendo o primeiro grau jurisdição”, salientou Perri na segunda-feira (22).
 
Quando da propositura, Carlos Alberto salientou que a criação de nove cargos de desembargador era medida necessária para atender ao aumento dos processos ajuizados no tribunal nos últimos anos e tinha como justificativa a criação de três novas Câmaras: uma de Direito Privado, outra Criminal e mais uma de Direito Público e Coletivo.
 
Perri, porém, considera que o TJMT estava equivocado quando aprovou a proposta. “Eu penso que foi um equívoco que o Tribunal cometeu há dois anos atrás em criar nove vagas. Eu posso dizer pela área em que atuo, que é a área criminal. Eu não preciso de mais de mais desembargadores pra me auxiliar no serviço. A turma de Direito Privado também, me parece, também não tem essa necessidade. Talvez haja necessidade de se atender aos colegas que atuam no direito público, que tem um volume maior de processos sim”.
 
Ainda segundo Perri, novas ferramentas têm dado agilidade ao Poder Judiciário. “O processo eletrônico realmente trouxe muitos benefícios, inclusive a celeridade”.