Olhar Jurídico

Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Geral

cultura machista

Presidente do TJMT critica Roberto Jefferson: 'ofensas à ministra atingem todas as mulheres brasileiras'

Foto: Reprodução

Presidente do TJMT critica Roberto Jefferson: 'ofensas à ministra atingem todas as mulheres brasileiras'
A desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), emitiu nota neste domingo (23) repudiando fala do ex-deputado federal Roberto Jefferson. Conforme Maria Helena,  as ofensas à ministra Cármen Lúcia atingem todas as mulheres brasileiras, na medida em que refletem a cultura machista.

Leia também
PGJ defende ministra do STF e classifica ataques de Roberto Jefferson como misóginos


Em vídeo, o ex-deputado ataca a ministra Cármen Lúcia por discordar de um voto dela em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-parlamentar comparou a magistrada a uma prostituta e se referiu a ela usando os termos “Bruxa de Blair” e “Cármen Lúcifer”. O ex-deputado também chamou o TSE de “latrina”. Neste domingo (23), a Polícia Federal foi cumprir ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes e foi atacada por Roberto Jefferson com granadas e fuzil. Dois agentes foram feridos. A PF revidou o ataque, mas não invadiu a casa do ex-deputado.

Confira a nota de Maria Helena Póvoas repudiando declarações sobre Carmem Lúcia: 

O Poder Judiciário de Mato Grosso manifesta total repúdio às declarações do ex-deputado federal Roberto Jefferson que, inconformado com uma decisão judicial, atacou de forma vil e com palavras de baixo calão a honra da ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Carmem Lúcia Antunes Rocha.
 
A jurista, professora e magistrada Carmem Lúcia tem uma ilibada história profissional, cuja reputação a credencia para pairar acima de ataques chulos como o engendrado pelo ex-deputado. Ainda assim, sua defesa se faz necessária, visto que as ofensas à ministra atingem todas as mulheres brasileiras, na medida em que refletem a cultura machista deste país, onde a crítica ao exercício profissional de uma mulher ultrapassa as barreiras da civilidade e chega à barbárie de ofendê-la em razão de seu gênero.
 
Não se admite, em nenhuma hipótese, comportamentos como este, ainda mais vindo de um advogado e ex-deputado, que chegou a representar o interesse dos cidadãos brasileiros no Congresso Nacional.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet