O assassinato da vendedora Ângela Cristina Peixoto da Silva, 32 anos, teria sido motivado pela ganância do marido Damião Rezende, 33 anos. Ele teria pagado R$ 3 mil aos dois assaltantes, além da caminhonete S10 e os objetos furtados da casa.

O crime ocorreu na madrugada de quarta-feira (16), quando a vendedora foi assassinada com 17 facadas. O marido está detido desde a noite de ontem, em uma cela da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, que coordena as investigações.

Ele nega o crime, mas foram os próprios assaltantes que denunciaram Damião como o mentor do assassinato da mulher. De acordo com o delegado Anderson Veiga, responsável pelo caso, a versão de que os bandidos invadiram a casa de Ângela e prenderam o esposo e a filha dela em um quarto é mentira e as causas da ganância do marido ainda não foram confirmadas.

Os assaltantes foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Corumbá (MS), quando fugiam com a caminhonete para a divisa do estado, possivelmente com a intenção de levar o carro para para Bolívia ou Paraguai.

Em depoimento, Daniel Paredes Ferreira, 22 anos, e Maycon José Cardoso, 23 anos, confessaram o crime e disseram que foram procurados por Damião há mais de um mês. Eles relataram todo o ‘trabalho’ com detalhes e revelaram ter entrado na casa com um controle remoto fornecido pelo próprio marido da vítima.

No momento em que Daniel e Maycon renderam Ângela, ela teria pedido a eles que levassem tudo o que quisessem, mas não machucassem sua filha, uma menina de 8 anos que dormia em um dos quartos da casa.

O delegado afirmou ainda que os indícios apontam para o fato de que Damião tenha ficado ouvindo musica em um dos carros enquanto sua esposa era assassinada. “A história contada por ele (Damião) não condiz com a verdade”, relatou Anderson Veiga.

Para matar a vítima, os dois acusados a amarraram com um cadarço. Maycon é apontado como o autor da maioria das facadas, enquanto Daniel segurava Ângela. Depois de várias facadas, eles acertaram a vítima com um golpe no pescoço, que foi considerado o golpe de misericórdia.

O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos de veículos de Cuiabá e as investigações que levaram a prisão dos envolvidos foram feitas em conjunto com a Delegacia de Homicídios da capital e a PRF de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.



Atualizada às 10h43.