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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Caso Marchett:

Nova perícia é autorizada e os acusados podem ir a júri popular

O caso dos assassinatos de Brandão de Araújo Filho e José Carlos Machado de Araújo, os irmãos Araújo, teve mais uma etapa processual apresentada pelo Ministério Público Estadual. Os crimes, aconteceram em agosto de 1999 e dezembro de 2000.

O caso dos assassinatos de Brandão de Araújo Filho e José Carlos Machado de Araújo, os irmãos Araújo, teve mais uma etapa processual apresentada pelo Ministério Público Estadual. Os crimes, que repercutiram nacionalmente, aconteceram em agosto de 1999 e dezembro de 2000 em Rondonópolis, a 212 km de Cuiabá. Após quase 10 anos, os acusados pelos crimes ainda não foram julgados e um deles, apontado como sendo um dos mandantes, nem sequer foi citado pela Justiça.


O último fato recente do processo foi a determinação dada pelo juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis, Hugo José Freitas da Silva. O magistrado pediu, no dia 30 de junho, a realização de uma nova perícia grafotécnica, pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal, na assinatura de Mônica Marchett Charafeddine.

A perícia vai confirmar se a assinatura no documento do veículo Gol, de propriedade da família Marchett, é mesmo de Mônica, conforme acusa o ex-cabo da Polícia Militar de Mato Grosso, Hércules de Araújo Agostinho, réu confesso dos crimes.

O réu disse em seu depoimento de confissão em 2003 que o automóvel teria sido transferido, como parte do pagamento pelos crimes, para Célio Alves de Souza, ex-soldado da PM-MT, acusado por Hércules de ser co-autor nos dois assassinatos.

Mônica também foi acusada por Hércules, de junto com seu pai Sérgio João Marchett, serem mandantes dos dois homicídios.

Júri popular

Na mesma ocasião da determinação da nova perícia, o juiz Hugo Freitas decidiu também pela pronúncia dos acusados Hércules, Célio e do advogado da família Marchett, Ildo Roque Guareschi, para serem submetidos a júri popular, cabendo à sociedade a decisão de absolvê-los ou condená-los.

O acusado Ildo Guareschi recorreu da decisão e o processo permanece na 3ª Vara Criminal, até ser julgado. Caso o recurso seja negado, o processo segue para a 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, sob a responsabilidade do juiz João Alberto Mena Barreto, que poderá marcar a data do julgamento.

Guareschi aguarda o julgamento e o recurso da decisão em liberdade. Hércules e Célio estão presos provisoriamente no presídio federal de Campo Gande-MS, desde 2007. Antes dessa data estiveram presos em Cuiabá.

Em 2003, os acusados Mônica, Sérgio, Ildo, Hércules, Célio e também o capitão da PM/MT, Marcos Divino Teixeira da Silva, foram denunciados pelo Ministério Público e duplamente qualificados como mandantes dos crimes, considerados de motivos fúteis e através de meios que dificultaram a defesa das vítimas. Os seis ainda foram acusados duplamente de formação de quadrilha, conforme os artigos 29 e 69 do Código Penal.

Em seguida, o acusado Sérgio teve seu processo desmembrado, pois ele reside na Bolívia e tem cidadania daquele país, o que dificulta e atrasa sua citação como acusado. Para ser possível a citação de Sérgio, foi expedida neste mês uma Carta Rogatória para a Justiça da Bolívia, traduzida para o espanhol (castelhano).
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