O empresário Sérgio João Marchett não compareceu a audiência de instrução e julgamento na qual figura como réu, acusado pelo Ministério Público Estadual pelo assassinato dos irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, ocorridos em 10 de agosto de 1999 e em 28 de dezembro de 2000. Os crimes pelos quais Marchett responde são de formação de quadrilha e homicídio qualificado.

O advogado Marcos Gattass Pessoa Júnior, do escritório Eduardo Mahon Advogados Associados, pediu a suspensão da audiência, marcada para o dia 8 de novembro, às 8 horas, mas o pedido foi negado pela juíza substituta da 3ª Vara Criminal, Aline Luciane Ribeiro Quinto.

No termo de audiência consta que o advogado argumentou que se confundiu diante dos vários processos sobre a disputa entre Marchett e o espólio de Araújo. Como o escritório foi contratado para atuar na esfera cível, não poderia atuar na esfera criminal. No entendimento do advogado, a Justiça deveria avisar o empresário, informando-o de que ele está sem advogado, razão pela qual a audiência devia ser cancelada.

A juíza nomeou o advogado Marcos Gattass para acompanhar a audiência e manteve o advogado Eduardo Mahon nos autos até eventual renúncia válida e a constituição de um novo defensor.

Das 16 testemunhas arroladas pela defesa de Marchett, duas deveriam ter comparecido ao Fórum de Rondonópolis. O empresário Elias Zaher faltou sem justificar e o ex-prefeito Adilton Sachetti alegou viagem à China para não comparecer. O “comendador” João Arcanjo Ribeiro, o desembargador Licínio Carpinelli, os deputados estaduais Hermínio Barreto e Gilmar Fabris, e o conselheiro do TCE,Humberto Bosaipo, além de outras três pessoas, serão ouvidos por carta precatória.
 
Uma pessoa não foi localizada, duas cartas rogatórias foram expedidas e uma testemunha pediu redesignação da audiência.

Das testemunhas de acusação, seis compareceram à audiência e cinco faltaram. A juíza marcou nova audiência no dia 02 de dezembro, às 8 horas, para ouvir os faltosos. Ela ainda solicitou informações das cartas precatórias expedidas nos autos que já estão com prazos vencidos, pois o processo tem caráter urgente por se tratar de réu idoso.

A magistrada ainda determinou que Sérgio Marchett apresente-se a cada 60 dias na justiça brasileira. O empresário reside em Bogotá, na Colômbia.