Os policiais civis que participaram da operação ‘Castelo de Areia’, deflagrada nesta sexta-feira (26), encontraram um contrato no valor de R$ 1 bilhão. Ainda não é possível afirmar que o prejuízo possa chegar a estas cifras, mas a expectativa é que o prejuízo pode chegar a R$ 500 milhões. “Esta é apenas a ponta do iceberg”, disse o delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Regional de Cuiabá.

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“Descobrimos que este grupo oferecia empréstimos a juros baixos, vendendo ‘fumaça’ para estes clientes, dizendo que os juros vinham de bancos do exterior. As vítimas acabavam acreditando, já que a empresa era bem montada. Com as buscas, descobrimos que o prejuízo pode ser imensamente maior que isto”, explicou o delegado Flavio Stringuetta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), durante entrevista coletiva na sexta-feira.
 
As denúncias chegaram há cerca de um mês até a Polícia Civil. A atuação foi rápida, já que as investigações identificaram que o esquema ainda estava sendo praticado. “Também identificamos um contrato no valor de R$ 1 bilhão. Não que o prejuízo tenha sido este. Esta é apenas a ponta do iceberg, temos muitas outras coisas ainda por vir. Além disto, há outras pessoas para serem identificadas”, comentou o delegado Luiz Henrique.
 
“Identificadas no procedimento já temos quatro vítimas. Porém, outras três já foram identificadas, mas ainda não foram ouvidas. O número deve ser muito maior”, revelou o delegado Luiz Henrique. Além disto, outras duas novas vítimas procuraram a PJC após a operação ser deflagrada.
 
Nas buscas desta sexta-feira, foram encontrados diversos contratados “de R$ 100 milhões, R$ 500 milhões. Eles estão assinados, com firma reconhecida. Porém, alguns não chegaram a ser concretizados. Precisamos que as vítimas comecem a nos procurar agora”, disse Luiz Henrique. A expectativa é que os prejuízos cheguem a R$ 500 milhões.
 
Castelo de Areia
 
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira, 26, a operação “Castelo de Areia”, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos, segundo a investigação, está o ex-vereador e presidente da  Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima. Ele já foi preso nesta manhã na sede de um hospital particular da Capital, de acordo com a Polícia Civil. João foi submetido a um procedimento cirúrgico e permanece na unidade.