Depois de quase duas semanas com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) paralisadas em Cuiabá, o novo procurador-geral do município, Ussiel Tavares, aguarda a decisão da Justiça Federal para dar andamento nas obras consideradas emergenciais.

A expectativa é que ainda nesta semana o juiz federal da Primeira Vara, Julier Sebastião, decida sobre a petição protocolada por Ussiel, pedindo a liberação de R$ 17 milhões bloqueados por conta das supostas fraudes nas licitações do PAC. O recurso vai garantir a continuidade  das obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Tijucal.

“Estamos aguardando a decisão para retomarmos os trabalhos. A ETA Tijucal é de grande importância e considerada a principal da gestão do prefeito”, declarou Tavares, que assumiu o cargo de procurador-geral após o pedido de exoneração de José Antônio Rosa, acusado pela Polícia Federal de ser um dos interlocutores do esquema de fraudes. A denúncia partiu do Ministério Público Federal (MTF), que detectou as irregularidades nas licitações de Cuiabá e Várzea Grande, culminando na Operação Pacenas da PF, em 10 de agosto.

Os investimentos na Estação de Tratamento de Água são de R$ 27 milhões e foi projetada para abastecer residências de cerca de 240 mil habitantes no bairro Tijucal e região.

Com a suspensão das licitações dos sete lotes da capital, o prefeito Wilson Santos (PSDB), tenta levar adiante as obras com o auxílio do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), que está avaliando a situação.

O chefe do Executivo municipal previa concluir o projeto até julho do ano que vem, mas, agora, trabalha com a possibilidade de adiar o prazo para setembro, data limite estipulada pelo governo federal. Ao todo, Cuiabá receberá R$ 240 milhões para obras de infraestrutura e saneamento.